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domingo, 3 de outubro de 2010

Enredos




Difícil definir o exato momento em que nos apaixonamos por alguém. E depois, quando a coisa toda não dá certo, tentamos enxergar o ponto exato onde aconteceu o encantamento, para desfazê-lo depois. Refazemos os percursos, os passos, procurando as migalhas deixadas pelo caminho que seguramente nos traria de volta e, os pássaros famintos comeram tudo!
Se ela não tivesse um sorriso encantador, se ela não falasse tão bem, não tivesse um gosto musical refinado, não fizesse em café tão maravilhoso... e a útima esperança..se ela tiver mau-hálito...e descobre-se que não somente o ar que sai de sua boca é puro, e o seu beijo é sempre um pedido para outros tantos...
Isso é um enredo tão simplista e bobo, ridículo, dizem os sábios que secretamente lamentam não haver um dispositivo, uma palavra, um pensamento que expurgue essa coisa de si... E saem praguejando contra os apaixonados de mãos dadas ridiculamente felizes.
Não tem script, não tem início, nem fim. Não há previsões nem prevenções, as cercas mais bem protegidas são as que caem mais pesadamente. Ainda não inventaram o mode off do coração.




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