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domingo, 19 de setembro de 2010

As flores de Frida Khalo



Quando assisiti o filme Frida, fiquei com uma sensação estranha, não conseguia sentir nada depois do final, parece que tudo que podia ser dito e sentido fora assim, já dito e sentido. Em uma analogia sinestésica, algo como uma rosa vermelho-vivo exalando o máximo de seu perfume...

Aquela mulher, aquela força, aquela dor, aquela arte. Ela não parecia ser atingida de surpresa por nada. Seriam suas perdas que a forjaram assim? Quando em uma cena vê Diego Rivera, seu marido e parceiro na arte, em uma cena tórrida com sua irmã, ela não esboça surpresa pelo ato em si, visto que mantinham uma espécie de "relacionamento aberto", mas sim um olhar de querer uma explicação que fosse além de desculpas esfarrapadas de instintos a serem satisfeitos...

E em todas as suas perdas, seus multiplos acidentes, ela não deixava de viver... não estou colocando nem pesando o viés moral de sua vida, apenas tentando entender de onde vinha toda força expressa tanto em sua arte como em sua paixão pela vida.

Talvez por isso tenha chegado com a sensação de exaustão mental no final da película, cansaço, estupefação, foi o que senti ... um filme "pesado" sem dúvida, mas real em sua crueza.

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