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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Piratas do caribe, zumbis e oxi.




Assisti há umas três semanas, Piratas do Caribe 4, fã confessa de Jack Sparrow e seu estilão afetado. O tempo é o mesmo que este post estava rascunhado, incubando.

Do filme: Olha, esperava bem menos, não li nenhuma crítica desta vez, ultimamente ando fazendo isso, tirar as próprias conclusões a respeito das coisas é muito bom, ando descobrindo o prazer, e deveras, e portanto, gozando deste.

Já de cara Penélope Cruz linda e provocante, e o romance vem-cá-vai-lá dos dois conquista. Mas não queria falar da bela Angélica, e sim dos tenebrosos zumbis, os homens que foram amaldiçoados pelo terrível Barba-Negra, o pirata-mor deste capítulo da série. Não vou falar mais, pra não dar spoiler, mas as criaturas feiosas me deixaram pensativa.

Imagine você, não ter sossego dia e noite, não parar pra comer, não dormir, viver assim, a fio. Viver não, vegetar. Pois as criaturas que vivem assim, 'zumbizadas', não vivem: arrastam-se pelas penumbras, por tudo que mais repugnamos, viramos os rosto, não suportamos, enojamos. Não, não são os corsários vivos-mortos do filme, são os usuários do oxi, a droga que veio para 'substituir' o crack, com poder letal muito superior a este.

A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos – e atingir um número maior de usuários –, leva querosene e cal virgem.
Querosene e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack – no qual o que é realmente nocivo é o princípio ativo da droga.(Portal G1).


Você já viu um usuário de crack? Certamente. Quem mora em são Paulo, tem a triste realidade da 'cracolândia', em Porto Alegre, a devastação do oxi substituiu em pouco tempo a do crack, nos morros e vilas.

O que pode-se fazer? Quais alternativas, visto que o poder público está muito mais interessado em outras demandas que rendam votos, não em 'marginais imprestáveis à beira da sarjeta'? Quem já viu uma criança de aproximadamente 8 anos em surto por uso da substância preocupa-se, e reflete... Em um mundo tão carente, tão necessitado de socorro, qual o papel de quem vê e sabe que pode tentar fazer algo, ao menos tentar...

Estamos reunindo esforços para alcançar usuários de drogas através de uma ONG, quando for vencida a burocracia inerente ao processo. Considero muito pouco, eu sei, mas quem quer entrar no inferno quando tudo que está à disposição é a oferta de paraíso?

Tentarei dizer um dia: O inferno, fora daqui.




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