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domingo, 5 de junho de 2011

Esqueça o seu passado.




Quando começo a conversar com alguém sobre esse assunto, isso de coisas que já passamos no pretérito, e que repercutem em nossa existência, em alguma destas ocasiões, me decepciono. Usa-se o velho jargão do título. Outros clichês seriam: vire a página, bola pra frente, a fila anda, e atrás vem gente. Talvez há o desapontamento pelo fato de ser expressado por pessoas consideradas inteligentes, cultas. E por vezes são as pessoas mais desprovidas destes requisitos de aparente autoridade no assunto, porém abalizadas e forjadas na sabedoria divinamente despretensiosa, que são as mais sensatas, sábias, e que direcionam caminhos que nem de longe imaginava, em se tratando dessas questões.

[Pessoas são lições vivas, andantes, demandam tempo, mais tempo que analisar artigos científicos e livros que foram baseados em suas vivências, escritos por elas mesmas. Mas o tempo investido lendo pessoas é compensador. Enriquece.]

Não consigo execrar o que passei. Jogar fora, descartar. Puxa vida, ali estão meus melhores e piores momentos, para mim passado é tudo que o constitui de certa forma o presente de alguém, são as escolhas diretas ou indiretas que este fez nessa fase da existência, facetas a princípio soltas, que comporão o mosaico do que está por vir e o que é, então, me desculpe, mas virar a página, eu diria que nem com livro funciona, pois adoro reler os meus.

Há pessoas que usam isso para que as demais pessoas esqueçam seus deslizes, seus erros, suas derrotas. Enterrem e lacrem a chumbo a composição de que são feitas. Eu entendo a boa-intenção, às vezes é para o sujeito acordar da letargia de um momento infeliz que o massacra, oprime, mas ficar a qualquer pisada em falso ordenando ao lobo temporal medial que apague tudo, é no mínimo complicado.

Acho estranho que estes conselhos não se aplicam a triunfos ou conquistas, somente a fracassos e desgostos. Se houvesse a possibilidade dessa seleção ocorrer nos recônditos de nossa memória, e mais, se algum especialista nesse assunto resolvesse usar a descoberta para ganhar dinheiro, ficaria mega-bilionário. Com certeza. Não é apologia - friso - ao sofrimento, à comiseração. É um pouco de bom-senso e cuidado com o senso-comum.

Eu considero isso tal qual uma criança que aprende a ler, escrever, a contar. Vai ter fracassos, vai errar, vai tirar nota baixa, vai fracassar. A cada recomeço, não vai ser comprado um novo caderno, muitos testes não serão refeitos, vai ficar 'no vermelho' mesmo. O ideal seria aprender com o que foi escrito, e não apagar para esquecer.

Apagar o passado, nem com bala de adamantium.






Um comentário:

  1. Vms combinar assim, antes que alguém, pergunte. Sim eu retomei o navio-pirata do 'repensando', é q lá que tenho q me concentrar mais, me puxar, rsrs, não falar muita besteira (tentar), não q eu fale aqui (tá eu falo, rsrs) mas, ah, vcs entenderam... Vou deixar textos longos, reflexivos, lá...filmes bobagens, besteiras, TPMices, aqui, (muahaha) vc são amigos,m entendem, n entendem? (Isso n significa q por vezes n vá postar onde bem entender...kkk)
    Bêj.

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