- Isso é besteira - disse a mulher quando o homem lhe contou da estrela cadente.
Há tempos ela não acreditava mais nessas coisas. A dureza da existência, fez com que a moça bonita e sonhadora, agora mulher marcada pelo tempo e pela vida, preocupasse mais com coisas práticas, tipo o almoço de hoje e o jantar de amanhã dos filhos e do marido "cabeça-de-vento", que escondia-se para disfarçadamente mexer no antigos carrinhos que conseguira salvar da mulher que queria "por fora aquele lixo todo".
Bom, mas mas naquela noite, ela concordou a contragosto, de sentarem na varanda e olharem para o ceu, a esmo, não porque quisesse observar estrelas, mas porque estava com insônia.
- Olhe, olhe, ela está vindo, está descendo, faça um pedido!
- Onde homem de Deus, não vejo nada! Vem lá você me amolar com essas bobagens! Eu vou é dormir.
Ele aquietou-se e continuou a olhar fixamente o céu, desejou que por um momento, a moça que conhecera há quase duas décadas, pudesse sentir de novo a doçura do apenas sonhar, como quando não tinham nada, apenas um ao outro.
Ainda viajava no devaneio quando sentiu uma cabeça em seu ombro, olhando junto o que ele olhava, e podia jurar que respirava no mesmo compasso que o seu. E ele, que realmente começava a acreditar que era tudo uma grande besteira, de tanto isso ouvir, surpreendeu-se com a força que ainda possuía em sonhar.
Como assim? Blog novo e nem avisa aos amigos...
ResponderExcluirrsrsrs, nada Eder, esse blog tava "enterrado" por aí e resolvi desenterrá-lo por me sentir mais "solta" aqui, pouca gente, sacomé, rsrs,bjs amigo.
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