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sábado, 7 de maio de 2011

A lenda dos três irmãos



Assisti (finalmente) o filme que encerra a saga de Harry Potter (sim eu curto a série e há bem pouco tempo atrás tinha toda coleção de livros, dos quais me desfiz). A parte I  de As Relíquias da Morte me deixou com bastante sono, confesso, e a cena que mais gostei era paralela ao enredo e não tinha efeitos mirabolantes nem batalhas entre comensais da morte e o "bem".

[RISCO DE SPOILER]

As tais reliquias da morte são explicadas da seguinte forma, uma lenda, que emocionou a mim pela animação singela ao ser contada, tanto quanto pela estória em si:

Três irmãos dipuseram-se a atravessar um rio, mas vendo que nao tinha como chegar ao outro lado sem enfrentar a turbulência deste, correndo risco de morte, criaram com suas varinhas mágicas uma ponte. Mas no meio da ponte uma figura encapuzada chamou atenção: a Morte, que ficou furiosa com o feito e,  sendo traiçoeira, resolveu presentear os três irmãos por sua mágica e disse que cada um deveria pedir um prêmio por ser mais esperto que ela.
O primeiro irmão pediu   a varinha mais poderosa da face da terra: uma varinha de sabugueiro, com alto poder de destruição lhe foi dada. O segundo irmão pediu uma pedra que pudesse trazer os mortos de volta à vida, a Morte pegou uma pedra e lhe deu. O terceiro irmão, o mais esperto de todos, pediu uma Capa que o tornasse invisível para que ele pudesse se esconder da morte. Ele ganhou a Capa da Invisibilidade.
Cada um dos irmãos seguiu caminhos diferentes, mas a morte levou os dois primeiros muito depressa, assim que eles usaram suas Relíquias. O terceiro irmão se escondeu da morte até que atingiu uma idade avançada e passou a Capa a seu filho, e seguiu com a morte como se fossem velhos conhecidos.


Descontados o irreal, o inverossímel do universo dessas histórias (pra quem repele, eu gosto de histórias fantásticas e grande parte delas são fruto do imaginário não assumido, como os contos de fada, que nada mais são do que adaptações de muitos desejos inconscientes e não declarados) tomei a última parte como algo incrivelmente belo. Na cena, o idoso já encarquilhado pelo tempo, passa ao pequeno filho a capa, numa demonstração de amor, de cuidado, protegendo aquele que mais ama da morte, e então, ele poderia morrer em paz. Não preciso dizer que os olhos ficaram rasos d'agua.

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